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Lembro claramente o dia em que um amigo, desses programadores raiz, olhou para um assistente de IA no escritório e, meio sarcástico, perguntou: ‘Será que amanhã esse robozinho pega minha vaga?’ A piada passou, mas a inquietação ficou: o que acontece com o programador quando o código começa a se escrever sozinho? Antes que alguém grite ‘fim do mundo!’, resolvi investigar de perto como a profissão está mudando — e trago aqui minhas impressões, histórias e algumas surpresas.

Adeus às linhas: Inteligência artificial na programação vai roubar meu emprego?

Eu confesso: quando vi pela primeira vez o GitHub Copilot e o Amazon CodeWhisperer escrevendo funções inteiras enquanto eu ainda pensava no algoritmo, meu café esfriou na mesa. A inteligência artificial na programação não é mais ficção científica — ela já faz parte do meu dia a dia e de milhares de desenvolvedores. O que antes era uma maratona de digitação virou uma corrida de estratégia, revisão e criatividade.

Essas ferramentas de IA mudaram completamente o workflow tradicional. Hoje, tarefas repetitivas e até blocos inteiros de código são gerados em segundos. O Copilot sugere trechos, corrige bugs e até explica funções. O CodeWhisperer entende o contexto do projeto e propõe soluções. O resultado? Ganho de tempo, menos erros e mais espaço para pensar no produto como um todo.

Automação de codificação: números que não dá pra ignorar

Não sou só eu que percebi essa revolução. Segundo a Gartner, até 2026, 80% dos novos aplicativos corporativos serão desenvolvidos com plataformas low-code ou assistentes de IA. Isso significa que o desenvolvimento de aplicativos com IA vai dominar o mercado em pouquíssimo tempo. E não para por aí: a McKinsey calcula que até 60% da codificação feita hoje já poderia ser automatizada. Ou seja, a automação de codificação não é mais tendência, é realidade consolidada.

Esses dados mostram que empresas estão cada vez menos interessadas em contratar pessoas só para digitar código. O valor está migrando para quem entende o negócio, integra sistemas, garante a segurança e traduz problemas complexos em soluções digitais.

O futuro da programação 2025: menos teclado, mais estratégia

Se você está se perguntando se a IA vai roubar seu emprego, a resposta é: talvez o emprego de quem só executa tarefas repetitivas, sim. Mas para quem quer crescer, o cenário é outro. Como disse Éric Machado:

“Não é o fim da tecnologia, e sim o início de uma era em que o humano deixa de ser executor e passa a ser estrategista.”

O futuro da programação 2025 não será sobre quem digita mais rápido, mas sobre quem faz as melhores perguntas, define objetivos claros e lidera times em ambientes digitais complexos. O programador tradicional está dando lugar ao estrategista digital, ao arquiteto de soluções, ao engenheiro de IA. As empresas buscam profissionais capazes de usar a tecnologia como ferramenta de transformação — não apenas de execução.

  • Ferramentas de IA aceleram tarefas técnicas e liberam tempo para inovação.
  • 80% dos novos apps serão criados com IA e low-code até 2026 (Gartner).
  • 60% da codificação já pode ser automatizada (McKinsey).
  • O diferencial será pensar estrategicamente, não digitar comandos.

Se antes o status era saber programar, agora é saber direcionar a tecnologia para resultados reais.

Do teclado ao tabuleiro: Como o programador vira estrategista — e por que isso é libertador (ou assustador)

Do teclado ao tabuleiro: Como o programador vira estrategista — e por que isso é libertador (ou assustador)

Se alguém me dissesse há dez anos que a transformação do papel do programador me levaria a trocar o teclado pelo tabuleiro, eu teria rido. Mas hoje, olhando para as tendências de carreira em tecnologia para 2025, vejo que o jogo virou — literalmente. O programador clássico, focado só em digitar código, está dando lugar ao profissional híbrido, que transita entre tecnologia e negócios, e isso é ao mesmo tempo libertador e assustador.

Segundo a Forrester, cargos baseados exclusivamente em codificação manual devem praticamente desaparecer até 2030. O Fórum Econômico Mundial reforça: 44% das habilidades atuais serão transformadas até 2027. Ou seja, não basta mais saber programar — é preciso pensar estrategicamente, conectar áreas, negociar e liderar.

Meu perrengue: de dev a líder de soluções digitais

Eu vivi esse choque na pele. Quando fui promovido de desenvolvedor para líder de soluções digitais, achei que bastava entender de algoritmo e arquitetura. Ledo engano. De repente, meu desafio era traduzir problemas de negócio para o time, negociar prioridades com áreas que falavam outra língua e tomar decisões que iam muito além do código. Foi aí que percebi: o valor não está mais em digitar comandos, mas em dar direção.

“A vantagem competitiva não estará em escrever código, mas em saber formular boas perguntas, definir objetivos claros, avaliar riscos e liderar times em ambientes digitais cada vez mais complexos.” – Éric Machado

As novas funções: arquitetos digitais, engenheiros de IA e estrategistas multi-cloud

O mercado já mostra que profissionais híbridos em tecnologia são os mais disputados. Funções como arquiteto digital, engenheiro de IA e estrategista multi-cloud estão em alta — e com salários bem mais atrativos. O que essas posições têm em comum? Elas exigem visão sistêmica, capacidade de integrar soluções, garantir governança e segurança, e principalmente, traduzir demandas de negócio em estratégias digitais.

  • Arquiteto digital: Conecta sistemas, desenha soluções e garante que tudo converse de forma segura e eficiente.
  • Engenharia de IA e MLOps: Não é só treinar modelos, mas garantir que a inteligência artificial funcione de ponta a ponta, com governança e ética.
  • Estrategista multi-cloud: Orquestra diferentes ambientes na nuvem, otimizando custos, segurança e performance.

O mais interessante é que, nesse novo cenário, habilidades humanas e estratégicas passam a valer mais do que competências puramente técnicas. Saber negociar, comunicar, liderar e tomar decisões em ambientes complexos é o que diferencia o profissional do futuro.

Confesso: sair do conforto do teclado para o tabuleiro da estratégia me tirou o sono no começo. Mas também abriu portas para um universo muito mais amplo, onde o impacto do meu trabalho vai além da execução — ele passa a ser transformação.

Low-code, no-code: Por que a sua avó pode criar apps — e o que isso muda para quem vive (ou vivia) de escrever código?

Low-code, no-code: Por que a sua avó pode criar apps — e o que isso muda para quem vive (ou vivia) de escrever código?

Se alguém tivesse me dito há dez anos que minha mãe — que sempre pediu ajuda para desbloquear o celular — um dia tentaria montar um app de receitas, eu teria rido. Mas foi exatamente isso que aconteceu. E não é só ela: plataformas low-code e no-code estão transformando o desenvolvimento de aplicativos em algo tão acessível que até quem nunca escreveu uma linha de código pode criar soluções reais para problemas do dia a dia.

Esse movimento é mais do que uma tendência: é uma revolução silenciosa. Segundo o Gartner, até 2026, 80% dos novos aplicativos corporativos serão feitos via low-code/no-code e IA. Ou seja, a maior parte das aplicações que usamos nos negócios não será mais criada apenas por programadores tradicionais, mas por profissionais de todas as áreas — do marketing à logística, passando pelo RH e até pelo financeiro.

Democratizando o desenvolvimento: de especialistas a qualquer pessoa

O que antes era território exclusivo dos devs agora está aberto para todos. Plataformas low-code e no-code como Power Apps, Bubble e OutSystems permitem que qualquer pessoa arraste e solte componentes, conecte bancos de dados e publique apps em questão de horas. O ciclo de entrega, que antes levava semanas, agora pode ser reduzido para minutos.

  • Redução drástica do tempo de prototipagem: ideias saem do papel quase instantaneamente.
  • Profissionais de negócios criam soluções: sem depender do time de TI para cada ajuste.
  • Expansão do acesso: mais inovação, menos gargalo.

Já vi empresas apostando nessas plataformas até para tarefas críticas, como automação de processos logísticos e análise de dados de marketing. O resultado? Mais agilidade e autonomia para as áreas de negócio, menos sobrecarga para o time de TI.

O novo papel do TI: de executor a curador e integrador

Com a ascensão do desenvolvimento de aplicativos com IA e automação, o papel do profissional de TI mudou radicalmente. Não faz mais sentido contratar alguém só para digitar código que uma máquina pode gerar de forma mais barata e rápida. O TI passa a ser o curador dessas soluções, garantindo integração, segurança e governança — e não mais apenas o executor.

“O padrão é recorrente: tarefas operacionais são absorvidas pela automação, e a demanda migra para funções de maior valor cognitivo.” – Éric Machado

Isso não significa o fim da tecnologia, mas sim uma mudança de foco. O diferencial agora está em saber fazer as perguntas certas, definir objetivos claros e liderar projetos digitais complexos. O programador clássico dá lugar ao estrategista digital, ao arquiteto de soluções e ao integrador de plataformas.

Em resumo, plataformas low-code e no-code estão expandindo a capacidade de inovação nas empresas, tornando-as menos dependentes da TI tradicional. E, sim, até a sua avó pode criar apps — o que muda tudo para quem viveu (ou vive) de escrever código.

O pesadelo dos sistemas legados — e por que hardware velho ainda mantém programadores acordados à noite

O pesadelo dos sistemas legados — e por que hardware velho ainda mantém programadores acordados à noite

Quem nunca ouviu aquela história de um banco gigante que ainda roda parte do seu sistema em COBOL, ou de um órgão público que depende de um mainframe dos anos 80 para processar folha de pagamento? Pois é, mesmo com toda a transformação do papel do programador e a ascensão da automação de codificação e empregos, os sistemas legados continuam sendo o calcanhar de Aquiles do mundo da programação. E, acredite, eles ainda tiram o sono de muita gente.

Eu mesmo já fui chamado para “ressuscitar” código legado. Sabe aquela sensação de entrar numa tumba antiga, cheia de armadilhas, sem mapa e com um manual em japonês? É quase isso. Só que, ao contrário do Indiana Jones, não tem glamour, só muita linha de código misteriosa, documentação perdida e aquela tensão de saber que qualquer alteração pode derrubar um sistema crítico.

Apesar de toda a onda de plataformas low-code/no-code e inteligência artificial, a verdade é que empresas — principalmente bancos, seguradoras e órgãos governamentais — ainda dependem desses sistemas antigos. Alguém precisa manter o COBOL, o Assembly e outras “línguas mortas” funcionando. E, por incrível que pareça, ainda existe demanda para quem topa esse desafio exótico.

Mas vamos ser sinceros: esse nicho está encolhendo. Segundo a Gartner, até 2026, 80% dos novos aplicativos corporativos serão desenvolvidos com plataformas de baixo código ou assistentes de IA. A manutenção de sistemas antigos ainda é relevante, mas tende a diminuir à medida que a automação avança e as empresas finalmente encaram a migração para tecnologias mais modernas.

  • Sistemas legados programação ainda é crítico em setores como bancos e governo;
  • Manutenção envolve riscos e criatividade para adaptar código antigo a novas exigências;
  • Mercado de legados diminui, mas ainda existe demanda para quem gosta de desafios;
  • Comparação inevitável com profissões extintas pela tecnologia: operadores de telefonia, datilógrafos;

“Assim como operadores de telefonia e datilógrafos tiveram papel vital em seus tempos e depois foram substituídos pela evolução das ferramentas, o programador de teclado tende a se tornar figura histórica.” – Éric Machado

Trabalhar com sistemas legados é, ao mesmo tempo, um privilégio e um teste de paciência. É preciso criatividade para adaptar códigos escritos há décadas às demandas de hoje, coragem para mexer em algo que ninguém mais entende, e humildade para saber que, em breve, essa função pode se tornar tão rara quanto encontrar alguém que conserte máquinas de escrever.

No fim das contas, manter hardware velho funcionando é quase um ato de resistência — ou de sobrevivência. Mas, como já vimos em outras profissões, a evolução das ferramentas é implacável. O programador de sistemas legados ainda é necessário, mas o futuro aponta para um novo perfil: menos executor, mais estrategista.

A onda nunca para: Aprendizado contínuo, IA, nuvem e as futuras profissões que nem sonhamos ainda

Se tem uma coisa que aprendi nesses anos acompanhando o universo da tecnologia é que a única constante é a mudança. O Fórum Econômico Mundial já cravou: 44% das competências profissionais vão se transformar até 2027. Ou seja, não dá pra se acomodar. O que era diferencial ontem, hoje é básico. E amanhã? Pode nem existir mais.

O investimento em inteligência artificial está explodindo. Segundo a IDC, até 2027, serão US$ 500 bilhões investidos em IA no mundo todo. Isso não é só número bonito em relatório: é uma avalanche de oportunidades para quem estiver disposto a surfar essa onda. O mercado de tecnologia nunca valorizou tanto o aprendizado contínuo em programação e a reinvenção profissional. Quem se agarra ao passado, fica para trás. Quem aprende, se adapta e experimenta, vira protagonista.

Hoje, vejo surgir funções que há poucos anos pareciam ficção científica: engenheiro de IA, arquiteto de soluções digitais, estrategista multi-cloud. Já ouviu falar? Se não, prepare-se. As tendências de carreira em tecnologia para 2025 apontam para profissionais que dominam integração de sistemas, governança de dados, segurança digital e, claro, inteligência artificial e computação em nuvem. Não é exagero dizer que conceitos como multi-cloud, engenharia de IA e MLOps já se tornaram diferenciais competitivos. Quem entende de Python, Go ou Rust já larga na frente. Mas, mais do que linguagem, importa a capacidade de aprender rápido e se reinventar.

O papel do programador tradicional, aquele que passa o dia digitando código, está mudando. Como disse Éric Machado:

“O código passará às máquinas, mas o impacto continuará sendo humano.”

O valor está em saber fazer as perguntas certas, definir objetivos, avaliar riscos e liderar times em ambientes digitais cada vez mais complexos. O resto, sinceramente, pode virar nota de rodapé na história da tecnologia.

É natural sentir um frio na barriga diante de tanta transformação. Mas, se tem algo que a história nos mostra, é que as profissões mudam, mas a necessidade de resolver problemas permanece. O segredo é não parar de aprender. Invista em engenharia de IA e MLOps, aprofunde-se em nuvem, entenda integração de sistemas. O futuro pertence a quem não tem medo de se reinventar.

Concluindo: a onda nunca para. O aprendizado contínuo em programação é o que separa quem vai liderar das profissões que nem sonhamos ainda, daquelas que já ficaram para trás. O código pode até ser gerado por máquinas, mas a direção, a estratégia e o impacto continuam – e sempre continuarão – sendo humanos.

TL;DR: Nem todo mundo vai ser substituído por máquinas — mas quem não se reinventa, corre sim o risco de virar história. O segredo está em aprender novas habilidades, surfar a onda da inteligência artificial e pensar além das linhas de código. O programador do futuro não digita, direciona.

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