×

Abri o console outro dia e me peguei pensando: quando foi que os frameworks de React ficaram tão complicados? Já fui entusiasta do Next.js, usei em produção, ensinei para colegas… mas, ultimamente, a sensação é de estar lutando contra a ferramenta, e não com ela. É estranho pensar que, do encantamento inicial ao incômodo, bastou meia dúzia de updates para mudar a relação. Recentemente, me vi, junto com outros devs, flertando forte com o TanStack Start — e trago neste texto impressões reais, sem máscaras nem fórmulas.

Do Encanto ao Cansaço: O Que Mudou no Next.js?

Quando comecei a usar Next.js , a sensação era de ter encontrado o caminho mais simples e direto para criar aplicações React modernas. O framework entregava tudo pronto: roteamento, SSR, build otimizado e um fluxo de deploy claro. Era fácil recomendar o Next.js para qualquer projeto, principalmente pela curva de aprendizado suave e pela documentação acessível. Mas, com o tempo, esse encanto foi dando lugar a um certo cansaço — e não só para mim, mas para muitos desenvolvedores na comunidade.

O Peso das Novidades: App Router e React Server Components

A partir das últimas versões, o Next.js passou a adotar mudanças profundas, como o App Router e os React Server Components. Essas novidades, apesar de tecnicamente avançadas, trouxeram um aumento significativo na framework complexity . O App Router, por exemplo, introduziu uma nova estrutura de pastas, convenções e formas de lidar com rotas, layouts e carregamento de dados. Para quem já dominava o modelo anterior, foi uma quebra de paradigma difícil de absorver.

Os React Server Components, por sua vez, prometem mais performance e flexibilidade, mas na prática complicaram o debugging e criaram dúvidas sobre onde rodar cada parte do código. O resultado? Mais tempo tentando entender o que está acontecendo do que, de fato, entregando valor ao usuário. Como ouvi de outros colegas e vivi na pele:

“Com o Next.js, comecei a perder tempo resolvendo coisas que a ferramenta complicava sem necessidade.”

Atualizações Constantes e Sobrecarga Cognitiva

Outro ponto que pesa é a frequência das atualizações e mudanças de padrão. O Next.js, que antes era estável e previsível, passou a exigir acompanhamento constante das novidades para não ficar para trás. Isso gera uma sobrecarga cognitiva real: cada release pode impactar o fluxo de trabalho, exigir refatoração e trazer novas regras para aprender. Muitos desenvolvedores relatam frustração com a dificuldade de manter o código atualizado e com o aumento da complexidade para tarefas que antes eram simples.

Vercel Integration: Benefício ou Lock-in?

A integração com a Vercel sempre foi um dos grandes atrativos do Next.js. O deploy é fácil, rápido e a plataforma oferece recursos avançados de CDN, edge functions e preview. Mas, com o tempo, ficou claro que muitos dos benefícios atribuídos ao Next.js dependem, na verdade, do ecossistema da Vercel. Isso gera um lock-in involuntário : migrar para outra plataforma pode ser trabalhoso, e nem sempre o framework entrega sozinho tudo o que promete.

Essa dependência crescente levanta dúvidas: até que ponto estamos escolhendo o Next.js pelas qualidades do framework, e até que ponto é a Vercel que faz a mágica acontecer? Para projetos que buscam mais liberdade de escolha de infraestrutura, essa relação pode ser um problema.

Falta de Transparência e Automação Excessiva

Por fim, um sentimento recorrente na comunidade é a falta de transparência em como as coisas funcionam por trás das cortinas. O Next.js, que já foi referência em clareza, agora esconde muita lógica em automações e convenções. Isso dificulta o entendimento do que está acontecendo e torna o debugging mais demorado. Para quem valoriza controle e previsibilidade, essa mudança é motivo de frustração e busca por Next.js alternativas .

Essa soma de fatores explica por que a migração Next.js para soluções mais leves e transparentes, como o TanStack Start, vem crescendo tanto entre desenvolvedores React.

O DNA do TanStack Start: Leveza, Controle e Clareza

A essência do TanStack Start é devolver ao desenvolvedor React o prazer de programar com leveza, clareza e controle total. Desde que comecei a usar, percebi que tudo nele gira em torno de três pilares: simplificação radical, transparência e flexibilidade. O framework foi pensado para ser um full-stack React moderno, aproveitando ao máximo ferramentas já consagradas como TanStack Query (antigo React Query) e TanStack Router , que revolucionaram a forma de lidar com estado e requests no React.

TanStack Query e Router: Simplificação Radical

O TanStack Query mudou o jogo na manipulação de dados do lado do servidor. Ele abstrai o gerenciamento de cache, sincronização e estados de requisição, tornando o data fetching previsível e fácil de debugar. Já o TanStack Router trouxe roteamento type-safe e explícito, com navegação SPA fluida e sem surpresas. O TanStack Start constrói sobre essas bases, garantindo que rotas, parâmetros e carregamento de dados sejam sempre seguros e transparentes, com TypeScript nativo do início ao fim.

Proposta Full-Stack: SSR React Moderno e Server Functions Seguras

O TanStack Start entrega uma proposta full-stack real: SSR React moderno combinado com navegação SPA, server functions seguras integradas ao roteamento e builds ultra rápidos. A integração com Vite acelera o ciclo de desenvolvimento e, junto do Nitro, amplia as opções de deploy para Netlify, Cloudflare, Vercel ou até servidores Node próprios. Isso elimina dependências forçadas e permite que cada projeto escolha sua stack de hospedagem sem amarras.

  • SSR + SPA: Renderização server-side sem abrir mão da fluidez do SPA.
  • Server functions: Lógica backend segura, no mesmo codebase, com tipagem garantida.
  • Builds rápidos:Vite integração e plugins como Nitro deixam o deploy descomplicado.
  • Type safety integral: Mudanças em rotas, parâmetros e dados são validadas em tempo de compilação.

Menos Mágica, Mais Controle

O que mais me chamou atenção no TanStack Start foi a sensação de estar no controle. Não há “mágicas” ou convenções escondidas. O código é explícito, fácil de entender, manter e debugar — exatamente como no React raiz. A experiência é tão fluida que, como muitos colegas comentam:

“Com TanStack Start, realmente esqueço que estou usando um framework — só funciona.”

A abordagem baseada em controle explícito e transparência faz com que qualquer ajuste — seja em SSR, navegação SPA, server functions ou integração com TanStack Query — seja direto e previsível. A documentação e exemplos são claros, e a comunidade cresce rápido, sempre focada em manter o stack leve e honesto.

Flexibilidade e Experiência Real de Desenvolvimento

A integração nativa com Vite e plugins como Nitro não só aceleram builds, mas também ampliam as possibilidades de deploy. Isso significa liberdade para escolher onde e como rodar sua aplicação, sem limitações impostas pelo framework. O resultado? Um ambiente de desenvolvimento mais saudável, previsível e prazeroso, onde o React volta a ser protagonista, e o desenvolvedor, dono do próprio código.

Quebra de Paradigma: Controle e Tipagem Como Novo Padrão

A principal virada que senti ao migrar do Next.js para o TanStack Start foi a sensação de retomar o controle do meu código. O TanStack Start não só aproxima o desenvolvedor do React “raiz”, mas eleva o padrão com type safety robusto, SSR React moderno e uma flexibilidade de deployment que simplesmente não existe em outros frameworks populares.

Type Safety: Segurança em Tempo de Compilação

No TanStack Start, a tipagem forte é nativa e cobre todo o fluxo de rotas, parâmetros e dados. Isso significa que, ao alterar uma rota ou adicionar um parâmetro, qualquer inconsistência é detectada imediatamente pelo TypeScript, antes mesmo do deploy. Já perdi as contas de quantos bugs chatos consegui evitar só porque o compilador apontou um erro de tipagem. Como ouvi de um colega:

“A tipagem do TanStack Start salvou um lançamento, bloqueando bugs em tempo real.”

Esse nível de type safety não é só um luxo — é uma necessidade para times que querem escalar projetos React sem medo de regressões. No Next.js, mesmo com TypeScript, sempre acabava recorrendo a gambiarras ou perdendo tempo caçando erros que só apareciam em produção. No TanStack Start, a tipagem integral virou meu novo padrão de qualidade.

Server Functions: Backend Seguro no Mesmo Projeto

Outro ponto que mudou meu fluxo foi a integração nativa das server functions . Com elas, posso escrever lógica backend (REST, GraphQL ou qualquer outra) diretamente no mesmo codebase do frontend, sem precisar criar repositórios separados ou lidar com múltiplas stacks. Isso simplifica o desenvolvimento, reduz o contexto perdido e aumenta a segurança, já que tudo passa pelo mesmo sistema de tipagem.

Além disso, as server functions do TanStack Start são totalmente type-safe, o que garante que os dados trafegados entre frontend e backend estejam sempre corretos. Isso elimina uma fonte comum de bugs e acelera o desenvolvimento de APIs internas, endpoints protegidos e integrações com bancos de dados.

SSR + SPA: O Melhor dos Dois Mundos

O TanStack Start permite escolher entre SSR React moderno e SPA React puro, ou até combinar os dois. O SSR garante páginas indexáveis e carregamento rápido, enquanto a navegação SPA mantém a fluidez instantânea. Não preciso mais abrir mão de SEO para ter performance, nem ficar preso a convenções rígidas. A escolha é minha, de acordo com as necessidades do projeto.

Flexibilidade Total de Deploy

Outro diferencial que me conquistou foi a flexibilidade de deployment . Com suporte nativo a Vite, Nitro e plugins para Netlify, Vercel, Cloudflare e Node, posso escolher onde e como hospedar minha aplicação, sem amarras. Isso me dá liberdade para otimizar custos, escalar conforme a demanda e evitar lock-in em plataformas específicas.

  • Type safety integral: menos bugs, mais confiança.
  • SSR + SPA: fluidez e indexação, juntos.
  • Server functions: backend seguro e integrado.
  • Deployment flexível: escolha livre do destino.
  • TypeScript nativo: sem gambiarras, só produtividade.

Esse novo paradigma devolve ao desenvolvedor o prazer de codar React com clareza, previsibilidade e liberdade real.

Na Trincheira: Cases, Bastidores e Ecossistema em Crescimento

Acompanhar de perto as tendências em React development é perceber que a migração do Next.js para o TanStack Start já deixou de ser apenas conversa de bastidor: ela está acontecendo, agora, em projetos reais e de impacto. Empresas e startups estão colocando o TanStack Start em produção, e os relatos de sucesso só aumentam, mostrando que o framework não é apenas promissor — ele já é realidade no ecossistema de desenvolvimento.

Um dos exemplos mais marcantes que presenciei foi o de um quiz ao vivo, que enfrentava sérios problemas de hydration com o React Router 7. A troca para o TanStack Start foi decisiva: o time conseguiu resolver os bugs críticos a tempo do lançamento, com SSR em produção funcionando de forma previsível e sem surpresas. O feedback da equipe foi direto: “TanStack traz de volta a sanidade. É o framework que 99% dos devs querem usar.” Essa sensação de “React puro”, sem camadas desnecessárias de abstração, tem sido um diferencial que motiva cada vez mais desenvolvedores a experimentar e adotar a solução.

Outro case que merece destaque é o de dashboards multilíngues, integrando backend em Laravel com frontend em TanStack Start. O SSR (Server-Side Rendering) foi elogiado pela simplicidade e previsibilidade, facilitando a entrega de experiências rápidas e otimizadas para usuários de diferentes idiomas. Aqui, a flexibilidade do TanStack Start para se acoplar a diferentes stacks e a facilidade de deploy em plataformas como Netlify, Cloudflare e Vercel foram pontos decisivos para a escolha do framework.

Esse movimento de adoção não acontece por acaso. O entusiasmo da comunidade é palpável: a documentação evolui rapidamente, os exemplos práticos se multiplicam e o suporte do time TanStack — já reconhecido pelo histórico de ferramentas como TanStack Query e Router — inspira confiança. Quem busca tendências em React development percebe que o TanStack Start representa uma volta à clareza, previsibilidade e controle, sem abrir mão de produtividade ou de recursos modernos como SSR em produção.

O ecossistema também cresce em torno de novidades importantes. Ficar atento a datas como 3 de novembro, 31 de outubro e 30 de outubro de 2025 — marcando eventos e lançamentos do Appwrite — é fundamental para quem quer se manter na vanguarda. Recomendo fortemente acompanhar o blog oficial do TanStack e conteúdos sobre Appwrite para não perder nenhuma atualização relevante sobre engenharia, design de produto e inovação em comunidades de tecnologia.

Concluindo, vejo que a migração Next.js para TanStack Start é mais do que uma troca de ferramentas: é um movimento coletivo por mais transparência, leveza e prazer no desenvolvimento React. O crescimento do ecossistema, os cases de sucesso e o clima de comunidade renovada mostram que estamos diante de uma nova era. Para quem sente falta do React mais direto e sob controle, o TanStack Start já provou que veio para ficar — e, sinceramente, não sinto vontade de voltar atrás.

TL;DR: Troquei o Next.js pelo TanStack Start justamente pelo impulso de simplificar, retomar o controle e devolver sanidade ao desenvolvimento em React. As diferenças não são só técnicas: está em jogo o prazer e a clareza no código.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Autor

Posts relacionados

Por que eu não gosto de Scrum (e o que uso no lugar)

Eu sou o Felipe Vieira e neste texto eu quero explicar, de forma franca e prática, por que o Scrum deixou de funcionar...

Leia tudo